Detail of a high rise in Montreal. By Phil Deforges at https://unsplash.com/photos/ow1mML1sOi0

A new approach to environmental, social and governance policies is needed before it’s too late

It’s clear we are facing a crisis on a planetary scale, requiring immediate political, social and economic action. | Enfrentamos uma crise em escala planetária que exige ação política, social e econômica imediata

This summer has proven how destructive climate change can be. We have been plagued by harrowing images of Maui, Hawaii in ashes, news about wildfires spreading smoke across Canada and the United States and record-breaking heat waves worldwide.

It’s clear we are facing a crisis on a planetary scale, requiring immediate political, social and economic action.

Corporations and governments have rushed to declare their commitment to environmental, social and governance (ESG) principles in response to the climate crisis. One of the issues with ESG is how difficult it is for investors, consumers and the public to assess how effectively companies have implemented it. In addition, the lack of government leadership and the fragmentation of the ESG landscape has created uncertainty about its future. Many firms don’t know if they should lead by example or wait to follow the pack. Several large investors and corporations in the U.S. — most notably BlackRock — have recently become targets of the “anti-woke” movement, adding further uncertainty and hesitancy to committing to ESG.

The public debate around ESG, stakeholder governance, sustainability and responsible investment continues to gain momentum in the midst of all this. In response, McGill University’s CIBC Office of Sustainable Finance hosted academics and experts from 11 countries to confront the issues of ESG, climate change governance and democratic politics. The resulting impact paper proposes several policy recommendations for governments and corporations to work together to transform ESG standards into practice.

Increased transparency and accountability

Despite recurring financial crises and staggering socio-economic inequalitycorporations find themselves conflicted by the need to maximize profits with ESG. But profit can still coexist alongside a significant business and investment shift towards sustainability.

A fully transparent and publicly available ESG and sustainability index for financial institutions and corporations would improve transparency, accountability and address the demand for ESG. If large public corporations were required to report universal ESG metrics, it would lead to healthy competition among corporations to go above and beyond the minimum index requirements. This would allow investors and consumers to see how companies are actually implementing ESG policies, leading to increased transparency. Meaningful disclosure will ultimately lead to a transformation of a company’s buying, production, selling and investing practices.

Corporations and influential asset managers — such as BlackRock, State Street or Vanguard — must address stakeholder interests in ESG by changing their governance and investment practices in relation to their position of global power and influence. A public index would provide a reference point for public and private behaviour to effectively address the causes of disastrous climate change. It would go beyond empty social media posts and corporate website statements by exposing companies’ shortcomings in across-the-board implementation of ESG policies. Increased transparency would also help prevent companies from greenwashing by boosting their ESG ratings before quarterly or semiannual public disclosures. In addition, a shared public commitment would not kill profits, as some have argued. Instead, it can mobilize people to think differently about gains, growth and what it means to run a successful business.

This forward momentum can lead to the integration of sustainability officers, who play a key role in ensuring effective ESG implementation, into businesses and organizations.

Incentivizing green investment

Another recommendation is for governments worldwide to offer incentives for green and purpose-driven investments, as Canada has done with green tax credits that were unveiled in the 2023 budget.

But these tax credits need to go further. For example, the government could provide tax credits to the oil, gas and mining sectors for investing in renewable energies. The government could also allow investors to deduct related corporate losses against their personal income.That will help spur economic growth, investment and development in beneficial industries and technologies, as we have seen with the rise of the electric vehicle industry.

The goal should be to encourage corporations to better integrate sustainable practices within their business models and create targeted investment that favours socially responsible investment. That way, governments can use their tax systems to support technologies and business models that address climate change.

The bigger picture

Governments need to take a longer view on the development of sustainability policies and push back against short-term criticism. One way world governments can do this is by publicly endorsing ESG initiatives. Government officials should also do more to promote ESG.

Governments can also help make the financial sector sustainable by providing favourable loans and financing for greener investment portfolios. Governments, central banks and banking regulators can create regulations that require financial institutions to implement sustainability into their underwriting policies. This would involve placing higher interest costs on loans with poor ESG outcomes to encourage industries to invest in better ESG.

By setting transparent standards for ESG accountability, requiring corporations to participate in sustainability indexes and standards and offering economic incentives through tax reform, governments can have a transformative effect on businesses through ESG. But it requires effective leadership.


 

Precisamos de nova abordagem ESG antes que seja tarde demais

Os últimos meses provam o quão destrutivas as mudanças climáticas podem ser. Temos sido atormentados por imagens angustiantes do Havaí em cinzas, notícias sobre incêndios florestais espalhando fumaça pelo Canadá e Estados Unidos e ondas de calor recordes em todo o mundo. É claro que estamos enfrentando uma crise em escala planetária, que exige ação política, social e econômica imediata.

Corporações e governos se apressaram em declarar seu compromisso com os princípios ambientais, sociais e de governança (ESG) em resposta à crise climática.  Contudo, um dos problemas do ESG é justamente a dificuldade para investidores, consumidores e público avaliarem a eficácia com que as empresas o implementam. Além disso, a falta de liderança do governo e a fragmentação do cenário ESG criam incertezas sobre seu futuro. Muitas empresas não sabem se devem dar o exemplo ou esperar para seguir o bando.

Vários grandes investidores e corporações nos Estados Unidos – principalmente a BlackRock – tornaram-se recentemente alvos do movimento “anti-woke” [contrário a políticas liberais/progressistas], aumentando ainda mais a incerteza e a hesitação em se comprometer com o ESG.O debate público sobre ESG, governança dos stakeholders, sustentabilidade e investimento responsável continua ganhando força em meio a tudo isso. Em resposta, o Escritório CIBC de Finanças Sustentáveis ​​da McGill University recebeu acadêmicos e especialistas de 11 países para enfrentar as questões de ESG, de governança de mudanças climáticas e de política democrática. O documento de impacto resultante propõe várias recomendações de políticas para governos e corporações trabalharem juntos para transformar os padrões ESG em prática.

Maior transparência e responsabilidade

Apesar das crises financeiras recorrentes e da desigualdade socioeconômica, as corporações se veem em conflito com a necessidade de maximizar os lucros com ESG. Mas o lucro ainda pode coexistir com uma mudança significativa de negócios e investimentos em direção à sustentabilidade.

Um índice ESG e de sustentabilidade totalmente transparente e publicamente disponível para instituições financeiras e corporações melhoraria a transparência, a responsabilidade e atenderia à demanda por ESG.

Se grandes corporações públicas fossem obrigadas a relatar métricas ESG universais, isso levaria a uma competição saudável entre as corporações para ir além dos requisitos mínimos de índice. Isso permitiria que investidores e consumidores vissem como as empresas estão realmente implementando políticas ESG, levando a uma maior transparência. A divulgação significativa acabará por levar a uma transformação das práticas de compra, produção, venda e investimento de uma empresa.

Corporações e gestores de ativos influentes – como BlackRock, State Street ou Vanguard – devem abordar os interesses dos stakeholders em ESG, alterando suas práticas de governança e investimento em relação à sua posição de poder e influência global.

Um índice público forneceria um ponto de referência para o comportamento público e privado, a fim de lidar efetivamente com as causas das mudanças climáticas desastrosas. Isso iria além de postagens vazias de mídia social e declarações de sites corporativos, expondo as deficiências das empresas na implementação geral de políticas ESG.

O aumento da transparência também ajudaria a impedir que as empresas fizessem greenwashing, aumentando suas classificações ESG nas divulgações públicas trimestrais ou semestrais.

Além disso, um compromisso público compartilhado não acabaria com os lucros, como alguns argumentaram. Em vez disso, pode mobilizar as pessoas a pensarem de maneira diferente sobre ganhos, crescimento e o que significa administrar um negócio de sucesso.

Esse impulso pode levar à integração de diretores de sustentabilidade, que desempenham um papel fundamental para garantir a implementação ESG eficaz, em empresas e organizações.

Incentivar o investimento verde

Outra recomendação é que os governos de todo o mundo ofereçam incentivos para investimentos verdes e investimentos orientados a propósitos, como o Canadá fez com os créditos fiscais verdes que foram revelados no orçamento de 2023.

Mas esses créditos fiscais precisam ir além. Por exemplo, o governo poderia fornecer créditos fiscais aos setores de petróleo, gás e mineração para investir em energias renováveis. Também poderia permitir que os investidores deduzissem as perdas corporativas relacionadas de sua renda pessoal.

Isso ajudará a estimular o crescimento econômico, o investimento e o desenvolvimento em indústrias e tecnologias benéficas, como vimos com o surgimento da indústria de veículos elétricos.

O objetivo deve ser incentivar as empresas a integrarem melhor as práticas sustentáveis ​​em seus modelos de negócios e criar investimentos direcionados que favoreçam o investimento socialmente responsável. Dessa forma, os governos podem usar seus sistemas tributários para apoiar tecnologias e modelos de negócios que abordam as mudanças climáticas.

O quadro geral

Os governos precisam ter uma visão mais ampla sobre o desenvolvimento de políticas de sustentabilidade e resistir às críticas de curto prazo. Uma maneira pela qual os governos mundiais podem fazer isso é endossando publicamente as iniciativas ESG. As administrações públicas também devem fazer mais para promover ESG.

O Estado pode ajudar a tornar o setor financeiro sustentável fornecendo empréstimos e financiamentos favoráveis ​​para carteiras de investimentos mais verdes. Governos, bancos centrais e reguladores bancários podem criar regulamentações que exijam que as instituições financeiras implementem a sustentabilidade em suas políticas de subscrição. Isso envolveria colocar custos de juros mais altos em empréstimos com resultados ESG ruins para incentivar as indústrias a investir em melhores ESG.

Ao definir padrões transparentes para a responsabilidade ESG, exigindo que as empresas participem de índices e padrões de sustentabilidade e oferecendo incentivos econômicos por meio da reforma tributária, os governos podem ter um efeito transformador nos negócios por meio do ESG. Mas isso requer uma liderança eficaz.


This article has been republished on The Conversation and ESGInsights.

Back to top